quarta-feira, 14 de março de 2012


Ela já Falava
Felippe Amorim



Vivemos em um momento da história do adventismo em que muitas pessoas têm dado pouca ou nenhuma atenção aos escritos inspirados dados por Deus a Ellen White. É comum até vermos membros da igreja se rebelando contra estes escritos.

            Alguns afirmam que creem no Espírito de Profecia, mas se comportam como se não cressem, ou mesmo, como se ele não existisse.

            Deus já deu muitas provas de que os escritos de Ellen White são inspirados por Ele e nesta semana mais uma vez pudemos nos deparar com uma prova de que aquelas palavras escritas no século XIX são muito atuais e verdadeiras. Acompanhe a seguir uma reportagem de um renomado jornal e algumas citações do Espírito de Profecia:



“Consumo diário de carne aumenta risco de morte precoce, diz pesquisa.


Para diminuir esses riscos, pesquisadores recomendam substituir as porções de carne vermelha por peixe, frango, verduras e legumes ricos em ferro como feijão, lentilha e espinafre.



Um estudo realizado em uma das universidades mais prestigiadas dos Estados Unidos concluiu que o consumo diário de carne vermelha aumenta o risco de doenças graves - que podem levar à morte precocemente.

Foram quase 30 anos acompanhando 120 mil pessoas para chegar a essa conclusão: o consumo de carne vermelha pode aumentar o risco de morte precoce.

O estudo da universidade de Harvard mostrou que comer uma porção de carne vermelha diariamente eleva a possibilidade de morrer mais cedo em 13% e aumenta o risco de desenvolver doenças do coração, câncer e dois tipos de diabetes.

E a porção que os cientistas consideraram nesse estudo não é grande não. Apenas 85 gramas de carne. E se essa carne for processada, os riscos são ainda maiores.

Linguiça, salsicha, hambúrguer. Podem aumentar a mortalidade prematura em 20%.

Nós conversamos pela internet com o coordenador da pesquisa, doutor An Pan.

Ele explica que a carne tem gordura saturada, que prejudica as artérias, e que a processada oferece ainda mais risco para a saúde porque possui conservantes como o nitrato de sódio que pode elevar a pressão do sangue.

Para diminuir esses riscos os pesquisadores recomendam substituir as porções de carne vermelha por peixe, frango, verduras e legumes ricos em ferro como feijão, lentilha e espinafre.

“Mas isso não significa que todos nós agora precisamos virar vegetarianos”, diz o pesquisador.

Segundo ele, se o consumo de carne fosse reduzido para pelo menos meia porção ao dia, entre 7% e 9% das mortes de pessoas acompanhadas pelo estudo poderiam ter sido evitadas.

Diminuir o consumo para duas ou três vezes por semana já seria um bom começo diz ele. Eu gosto de um bom churrasco. Mas o importante é conseguirmos ter moderação e comer com qualidade”.



Agora veja o que Deus revelou-nos através de Ellen White no século XIX, muito anos antes da pesquisa de Harvard:



“Depois do dilúvio o povo comeu à vontade do alimento animal. Deus viu que os caminhos do homem eram corruptos, e que o mesmo estava disposto a exaltar-se orgulhosamente contra seu Criador, seguindo as inclinações de seu coração. E permitiu Ele que aquela raça de gente longeva comesse alimento animal, a fim de abreviar sua vida pecaminosa. Logo após o dilúvio o gênero humano começou a decrescer rapidamente em tamanho, e na extensão dos anos” (Spiritual Gifts, vol. 4, págs. 121 e 122).



Muitos dos pacientes de nossos hospitais têm raciocinado por si mesmos quanto à questão do alimento cárneo, e no desejo de manter as faculdades mentais e físicas livres de sofrimento, têm deixado a carne fora de sua mesa. Têm assim obtido alivio aos males que lhes torturavam a vida. Muitas pessoas não pertencentes a nossa fé se têm tornado adeptas da reforma de saúde porque, do ponto de vista de seu interesse, viram a coerência de assim proceder. Muitos se têm colocado conscienciosamente ao lado da reforma de saúde no regime alimentar e no vestuário. Hão de os adventistas do sétimo dia continuar a seguir costumes nocivos? Não darão eles ouvidos à recomendação: "Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus"? I Cor. 10:31. (Manuscrito 64, 1901.)



Cânceres, tumores e toda enfermidade inflamatória são causados em grande parte pelo alimento cárneo. Segundo a luz que Deus me deu, a predominância do câncer e dos tumores é em grande parte devida ao uso abundante de carne de animais mortos. (Testemunho Inédito, pág. 7).



O alimento cárneo também é prejudicial. Seu efeito, por natureza estimulante, deveria ser argumento suficiente contra o seu uso, e o estado doentio quase geral entre os animais torna-o duplamente objetável. Tende a irritar os nervos e despertar as paixões, fazendo assim com que a balança das faculdades penda para o lado das propensões baixas. (Educação, pág. 203.)



A abstinência do alimento cárneo beneficiará os que assim procederem. A questão do regime é um assunto de vivo interesse. ... Nossos hospitais são estabelecidos para um fim especial, para ensinar ao povo que não vivemos para comer, mas comemos para viver. (Carta 233, 1905.)



Há mais de trinta anos, eu me encontrava muitas vezes em grande fraqueza. Muitas orações eram feitas em meu favor. Pensava-se que o alimento cárneo me daria vitalidade, e este era, portanto, meu principal artigo de alimentação. Em vez de adquirir forças, porém, tornei-me cada vez mais fraca. Desmaiava muitas vezes de exaustão. Veio-me luz, mostrando o dano que homens e mulheres estavam causando às faculdades mentais, morais e físicas pelo uso da carne. Foi-me mostrado que toda a estrutura humana é afetada por esse regime, que por ele o homem fortalece as propensões animais e o desejo de bebidas alcoólicas. Cortei imediatamente a carne de meu cardápio. Depois disto fui por vezes colocada em situações em que me senti compelida a comer um pouco de carne. (Carta 83, 1901.)



            Existem muitas outras citações a respeito desse assunto, mas estas são suficientes para tirarmos algumas conclusões importantes:



1 – Deus deixou reveladas muitas coisas através de seus profetas, canônicos e não canônicos, que estão sendo descobertas pela ciência nos últimos anos.

2 – Muitas vezes não damos crédito às revelações divinas dadas a Ellen White, mas quando ouvimos a ciência falando a mesma coisa paramos para pensar a respeito. Muitos preferem dar ouvidos a homens a dar ouvidos às revelações divinas.

3 – Há muito tempo Deus recomenda, através de Ellen White, que eliminemos a carne da nossa dieta e a ciência tem confirmado isso a cada dia.

4 – Precisamos dar mais atenção aos escritos do Espírito de Profecia, pois eles revelam a vontade de Deus para o seu povo em muitos aspectos da vida cristã.



            Não foi por acaso que Deus nos orientou: “Crede no Senhor, vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas e prosperareis” (2 Crônicas 20:20). Portanto, oremos para que Deus nos ajude a estudar mais o Espírito de Profecia que é uma riquíssima fonte de conhecimento deixada por Ele.


segunda-feira, 5 de março de 2012

Se eu não atrapalhar, Deus vence por mim!

Na conquista de Jericó foi prefigurada a vitória sobre nossos problemas.


Felippe Amorim


É comum assistirmos reportagens sobre implosões de prédios nos telejornais. Chama-nos atenção a forma como uma grande construção vai ao chão sem danificar os prédios vizinhos. Sem dúvida é uma demonstração de muita perícia. Porém, certamente não se implode um grande prédio sem o uso de explosivos. Dependendo das dimensões do prédio, muitos quilos de explosivos são usados.

Na Bíblia encontramos uma interessante “implosão”. Mas ela foi feita sem o uso de explosivos. O elemento que deu início à queda foi um grito coletivo do povo judeu. Nos dias de hoje ninguém confiaria que um grito levaria um prédio ao chão. Nos dias bíblicos isso também era impossível, é por isso que a queda do muro de Jericó envolve grandes lições sobre o poder de Deus.

Aquele evento foi registrado assim: “Ora, Jericó estava rigorosamente fechada por causa dos filhos de Israel; ninguém saía, nem entrava. Então, disse o Senhor a Josué: Olha, entreguei na tua mão Jericó, o seu rei e os seus valentes.Vós, pois, todos os homens de guerra, rodeareis a cidade, cercando-a uma vez; assim fareis por seis dias. Sete sacerdotes levarão sete trombetas de chifre de carneiro  adiante da arca; no sétimo dia, rodeareis a cidade sete vezes, e os sacerdotes tocarão as trombetas. E será que, tocando-se longamente a trombeta de chifre de carneiro, ouvindo vós o sonido dela, todo o povo gritará com grande grita; o muro da cidade cairá abaixo, e o povo subirá nele, cada qual em frente de si”( Js. 6:1-5).



O Cenário


O povo de Israel havia passado o Jordão há pouco tempo, esse evento marcava o início da conquista da Terra Prometida. Durante os últimos quarenta anos todos sonhavam com aquele momento, mas por causa da rebeldia do povo tiveram que andar todos aqueles anos pelo deserto.

A terra de Canaã estava ocupada por povos beligerantes e por isso a conquista não seria fácil. Por esse motivo, Deus precisava estar à frente do Seu povo. Em Sua onisciência Deus sabia que, após a conquista, o povo poderia atribuir a si mesmo a conquista da terra, esquecendo-se de que só conseguiram por causa de Deus.

Como um antídoto contra a autossuficiência Deus providenciou os eventos da conquista de Jericó. O Senhor queria ensinar que as vitórias seriam conquistadas por Ele. A parte do povo seria apenas não atrapalhar.


A queda do muro



O relato bíblico diz que Jericó estava “rigorosamente” fechada. O autor, inspirado por Deus, queria deixar bem claro que era humanamente impossível aquela conquista. Possivelmente as pessoas olharam para Jericó e se perguntaram: “como faremos para conquista-la? É impossível!”

Deus então disse a Josué: “entreguei nas tuas mãos Jericó”. Aqui está o segredo. Deus deu garantia prévia da conquista. Cheio de confiança nas palavras de Deus, Josué transmitiu a mensagem ao povo.  Talvez eles tenham pensado assim: “certo, Deus nos dará a vitória, então vamos guerrear!”. Mas Deus queria ensinar ao povo que Ele poderia dar a vitória sem necessitar da força e inteligência humana.

As recomendações de Deus certamente puseram dúvidas na cabeça de muitos dos israelitas. Eles deveriam dar uma volta em silêncio por dia na cidade durante seis dias. No sétimo dia deveriam dar sete voltas e um grito. “Que Jeito estranho de conquistar uma cidade!”, devem ter pensado. As instruções de Deus excluíam a força e sabedoria humana.

A procissão diária com a arca da Aliança, a presença dos sacerdotes e o toque das trombetas fizeram com que a ação feita pelos israelitas reunisse todas as características de uma cerimônia religiosa. Aquela conquista não seria militar, seria religiosa. O povo deveria aprender a submeter-se à vontade do Senhor irrestritamente e confiar em Suas soluções.

Bem, então qual seria a participação humana naquela conquista? Havia algumas coisas que cabiam ao homem fazer. Primeira coisa: eles deveriam ter confiança no líder (apenas Josué ouviu a voz de Deus). Segundo: Deveriam obedecer irrestritamente a Deus. Terceiro: precisariam de uma fé inabalável para dar todas aquelas voltas na cidade. Quarto: precisariam exercer paciência e esperarem pelo tempo de Deus.

Como os seres humanos fizeram a sua parte, Deus cumpriu a dEle e resolveu o problema sem precisar de força humana. O muro foi derribado. Não há dúvidas de que foi o poder de Deus que levou aquela construção ao chão. A voz humana não seria suficiente para derrubá-lo. Foi uma grande demonstração do poder de Deus.


O que atrapalha as vitórias do povo de Deus?



          Na sequência do relato bíblico podemos ler outro episódio que se opõe à grande vitória em Jericó. Na tentativa de conquistar a cidade de Ai, que era Muito menor que Jericó, o povo sofreu uma derrota vergonhosa. A Bíblia registrou assim: “Enviando, pois, Josué, de Jericó, alguns homens a Ai, que está junto a Bete-Áven,  ao oriente de Betel, falou-lhes, dizendo: Subi e espiai a terra. Subiram, pois, aqueles homens e espiaram Ai. E voltaram a Josué e lhe disseram: Não suba todo o povo; subam uns dois ou três mil homens, a ferir Ai; não fatigueis ali todo o povo, porque são poucos os inimigos. Assim, subiram lá do povo uns três mil homens, os quais fugiram diante dos homens de Ai” (Js 7: 2-4).

          Depois de uma conquista miraculosa e grandiosa, o povo de Deus foi vergonhosamente derrotado por uma cidade muito mais fraca que Jericó.

          Podemos destacar pelo menos dois elementos que determinaram aquela derrota. O primeiro deles foi autoconfiança exagerada. O povo achava que era tão forte que nem precisava da ajuda de Deus ou mesmo do exército inteiro para conquistar Ai. Muito iludidos eles estavam!

          Além de Confiança própria, havia mais um elemento envolvido naquela derrota: pecados escondidos. Deus havia ordenado que ninguém guardasse para si despojos de guerra na conquista de Jericó, mas um israelita desobedeceu.

            Acã contaminou todo o acampamento com seu pecado e tentou se justificar assim: “Quando vi entre os despojos uma boa capa babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma barra de ouro do peso de cinqüenta siclos, cobicei-os e tomei-os; e eis que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, e a prata, por baixo” (Js. 7:21).

Na fala de Acã podemos perceber os passos que ele deu até chegar ao pecado. Foram quatro passos: Vi, cobicei, tomei, escondi. Muitos dão estes mesmo passos todos os dias.

A cobiça foi o que derrubou Acã. Ele queria ter posses (capa) e dinheiro ilícito (prata e ouro). Aqui está a chave para a derrota do povo. Deus não pôde dar a vitória porque entre os israelitas havia autoconfiança e pecados escondidos. Estes dois fatores impediram o povo de receber a vitória do Senhor.


Preciosas Lições



Esses momentos que os israelitas viveram têm grandes lições para cada um de nós cristãos do século XXI. Todos nós temos desafios e problemas que precisamos vencer. Alguns, como Jericó, são aparentemente insuperáveis. Outros como Ai, são aparentemente fáceis de resolver.

Podemos aprender lições práticas com a experiência em Jericó. Deus pode resolver nossos problemas sem necessitar da nossa força, milagrosamente. Mas há uma parte que é nossa: Primeiro: Confiança nos líderes. Isso inclui os pastores e anciãos que são humanos como todos nós, mas foram designados por Deus para liderar o povo. Confiar nos líderes também inclui confiar nos escritos de Ellen White que foi uma das pioneiras desta igreja e escolhida por Deus para orientar Seu povo. Segundo: obediência às ordens de Deus. Assim como o povo obedeceu às recomendações “estranhas” de Deus em relação à conquista de Jericó, nós muitas vezes receberemos ordens “estranhas” de Deus, mas devemos obedecê-las sem vacilar. Terceiro: Fé inabalável é essencial. Quarto: paciência para esperar o tempo de Deus.

Mas o episódio de Ai também nos traz lições importantes. Podemos atrapalhar as vitórias de Deus em nossa vida. Impedimos que Deus vença em nossa vida quando temos uma exacerbada confiança própria. Podemos e precisamos ter autoconfiança, mas não a ponto de querer excluir Deus de nossas decisões. O sábio Salomão escreveu: “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento” (Pv. 3:5).

Outra coisa que aprendemos com a fracassada conquista de Ai é que nossos pecados escondidos atrapalham Deus de agir em nossa vida. Perceba que o problema não está em ser pecador, todos o somos. O problema está em escondermos e cultivarmos nossos pecados. Pecado escondido é qualquer pecado que acariciamos e do qual não queremos nos soltar.

Na história bíblica o pecado específico é a cobiça, ou seja, a quebra do décimo mandamento. Caímos neste pecado quando retemos dízimos e ofertas, eles pertencem a Deus e não a nós. Também cobiçamos quando procuramos riquezas em detrimento do relacionamento com Deus. Alguns vivem num ritmo tão frenético em busca de riquezas que se esquecem de separar tempo para a comunhão pessoal com Deus. Cobiça ou qualquer outro pecado escondido pode impedir que o Senhor exerça suas vitórias em nossa vida.
 

Solução


Graças a Deus por Ele não nos deixar sem solução para este problema. A continuação da história bíblica de Acã nos ensina que se houver confissão genuína dos pecados escondidos eles poderão ser perdoados. No caso do Acã ele só confessou porque foi descoberto. Era tarde demais. Confissão imediata, agora mesmo, é o primeiro passo que precisa ser dado. O segundo passo é o abandono imediato do pecado e a total submissão a Deus.

Quando a autoconfiança e o pecado escondido foram retirados do meio do povo. Ai foi facilmente conquistada, pois Deus venceu por eles. Quando a autoconfiança e os pecados escondidos forem retirados da nossa vida, então poderemos contar com as vitórias do Senhor dos exércitos vencendo as nossas guerras.

Hoje é momento de confissão, abandono e muitas vitórias!