sexta-feira, 7 de dezembro de 2012


 
Palavras de Confiança
Três frases para serem copiadas por todo cristão


Algumas pessoas deixam marcas pelo que fazem, outros ficam marcados na história pelo que cantam, há ainda outros que são marcados pelo que falam.
Há frases célebres que nos fazem lembrar imediatamente do seu autor. Não tem como não vincular a frase “I have a dream” (eu tenho um sonho) ao corajoso e determinado Martin Luter King. Esta frase sem dúvida o marcou. Sócrates disse “Conhece-te a ti mesmo” e muitos se lembram dele por estas palavras. O filósofo francês Voltaire cunhou uma frase repetida muitas vezes: “não concordo com o que dizes, mas defendo até a morte o direito de o dizeres”. O estadunidense Benjamin Franklin teve suas sábias palavras projetadas na história: “Ser humilde com os superiores é uma obrigação, com os colegas uma cortesia, com os inferiores é uma nobreza”. Sem dúvida estas frases ajudaram a estas pessoas a entrarem para a história.
Na Bíblia encontramos muitas frases lindas. Sem dúvida, as melhores e mais significativas frases. São as melhores talvez não pela plástica de suas construções, mas porque são frases que envolvem salvação. Gostaria de destacar três frases que deveriam ser motivos de meditação e cópia para cada cristão.

Jó: “Ainda que ele me mate, nele esperarei” (Jó 13:15 - NVI)

A história de Jó é uma das mais lindas e significativas da Bíblia. Também uma das minhas preferidas. Ele é descrito como alguém integro, reto, temente a Deus e que se desviava do mal.
Sem dúvida, Jó é um homem admirável. Um pai de família respeitado e de sucesso, pois, a Bíblia descreve sua família unida, os seus filhos sempre se encontrando em banquetes (v. 4).
Nos negócios ele era muito bem sucedido, a ponto de ser descrito como o mais rico do oriente (v. 3). Essa riqueza toda foi adquirida de forma honesta e justa. Essa é, resumidamente, a descrição inicial de Jó no livro que leva seu nome.
Um dia, no entanto, em um lugar muito distante da casa de Jó, seu destino foi alterado drasticamente. Depois de desafiar a Deus, satanás conseguiu a permissão para tocar nos bens, na família e depois na saúde de Jó.
Não sou pai, mas já vi alguns pais perderem seus filhos para a morte e foram cenas de indescritível dor. Imagina então alguém perder dez filhos de uma só vez. Que sofrimento! Os bens, perto desta perda, são quase irrelevantes.
Precisamos relembrar algumas coisas importantes. Deus não inflige o mal sobre o homem, mas se ele permite, há um propósito. Contudo, o mal vem exclusivamente de satanás. Jó, porém, não entendia muito bem isso naquele momento. E, sob as acusações dos amigos de sofrer as consequências de seus pecados, atribuía todo seu sofrimento a Deus. Jó realmente pensava que era Deus quem o estava castigando.
No meio do sofrimento sua confiança irrestrita em Deus não se abalou. Foi neste contexto que ele disse uma frase célebre: Ainda que ele me mate, nele esperarei (Jó 13:15 - NVI). Mesmo pensando que era Deus quem lançara sobre ele o problema, não fraquejou. A confiança de Jó não estava baseada no que ele recebia de Deus, estava baseada em quem era Deus. A decisão deste homem era ficar unido a Deus mesmo que nunca mais recebesse uma bênção sequer.
Se nossa confiança em Deus estiver vinculada à ausência de problemas, nunca estaremos prontos para confiar nEle. Porém, Jó nos dá um exemplo a ser seguido, ele diz: Ainda que ele me mate, nele esperarei (Jó 13:15 - NVI) e completa:  Eu sei que o meu Redentor vive (Jó 19:25). Que Frases! Que confiança! Que exemplo!

José – Como eu pecaria contra Deus? (Gn. 39:9)

            A história de José é outra dessas muito conhecidas e apreciadas pelos leitores da Bíblia. Ele era o filho mais querido do seu pai e isso era publicamente demonstrado pelos presentes que ele ganhava.
            Além desses privilégios familiares, ele também tinha privilégios espirituais. Cedo se mostrou com o dom profético ao receber revelações de Deus. Seus sonhos eram um vislumbre do futuro da família.
            Novamente encontramos um “porém” na vida feliz de um ser humano. José foi vendido como escravo pelos seus próprios irmãos. Foi rebaixado e injustiçado. Tinha todas as razões para abandonar a Deus, pois, aparentemente, tinha sido abandonado por Ele. Mas, mesmo sem entender o que acontecia, decidiu permanecer firme em Deus.
            Um dia, enquanto fazia seus trabalhos de escravo, foi submetido a uma tentação. A mulher de seu chefe o convidou para um adultério. Não havia ninguém na casa além dos dois. Pelos menos ninguém visível e José sabia disso.
Na hora da tentação ele falou uma linda Frase: Como eu pecaria contra Deus? (Gn. 39:9). Que frase! Ela expressa um grande exemplo de fidelidade na tentação. José poderia ter-se revoltado contra Deus por tudo o que acontecera com ele e cair em pecado, mas ele decidiu se manter fiel mesmo sem motivos aparentes para isso. Aliás, os servos de Deus não precisam de motivos para ser fiéis.
O que José tinha era o senso da presença constante de Deus e isso o fazia ser tão seguro em sua posição. Ellen White comenta: “Se acalentássemos uma impressão habitual de que Deus vê e ouve tudo que fazemos e dizemos, e conserva um registro fiel de nossas palavras e ações, e de que devemos deparar tudo isto, teríamos receio de pecar. Lembrem-se sempre os jovens de que, onde quer que estejam, e o que quer que façam, acham-se na presença de Deus. Parte alguma de nossa conduta escapa à observação” (Patriarcas e Profetas, 217). Onde quer que estejamos, em qualquer momento, inclusive agora, estamos ao alcance dos olhos do Criador.

 Paulo – Eu sei em quem tenho crido (2 Tm 1:12)

            Paulo escreveu a maior parte do Novo Testamento. Foi um homem que dedicou os melhores anos de sua vida à pregação do evangelho. Ao longo de sua trajetória passou por muitos sofrimentos por causa do evangelho. Ele mesmo listou alguns deles.
“Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; Em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez. Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas (2 Coríntios 11:24-28).
Sem dúvida foi uma vida de desgaste pelo evangelho. Paulo merecia uma aposentadoria tranquila depois de uma vida tão atribulada. Mas não foi isso que aconteceu. No final de sua vida, cansado e maltratado pelo trabalho, em vez de uma tranquila aposentadoria, ele foi preso e condenado à morte.
Na prisão, onde muitos desanimam e perdem as forças, Paulo pronuncia uma das mais significativas frases de sua vida: “Eu sei em quem tenho crido” (2 Tm 1:12). Emociona-me esta frase! Este servo de Deus poderia estar reclamando com o céu por não ter a recompensa de uma vida de dedicação missionária. Mas, ao contrário disso, ele demonstra uma esperança inabalável em todos os momentos. Mesmo injustiçado pelos homens, ele não tirava os olhos de Jesus. Seu coração fervia de esperança.
Eu sei em quem tenho crido. Estas foram as palavras escolhidas por Ellen White para findar a sua jornada na Terra e ir descansar enquanto espera pelo retorno de Jesus. Assim como Paulo, mesmo tendo diante de si a morte, a esperança fervia em seu coração.

Fruto do relacionamento com Deus

            Estes três homens (Jó, José e Paulo), eram seres humanos iguais a nós. Com as mesmas possibilidades de pecar e de ser santificado. Mas atravessaram a vida e conseguiram uma jornada espiritual vitoriosa a ponto de nos deixarem três preciosas pérolas da fé.
            Suas vitórias espirituais não aconteceram por acaso. Jó, por exemplo, tinha uma intensa vida de comunhão com Deus. A Bíblia diz que “terminado um período de banquetes, Jó mandava chamá-los e fazia com que se purificassem. De madrugada ele oferecia um holocausto em favor de cada um deles, pois pensava: "Talvez os meus filhos tenham lá no íntimo pecado e amaldiçoado a Deus". Essa era a prática constante de Jó” (Jó 1:5- NVI).
            Constantemente Jó estava nas madrugadas buscando a presença do Pai, estava em constante comunhão. É por isso que na hora da prova ele pôde dizer: Ainda que ele me mate, nele esperarei.
José não foi diferente. Mesmo escravo e em terra distante e pagã, não perdeu seu contato com Deus. A Bíblia diz que “O Senhor estava com José, de modo que este prosperou e passou a morar na casa do seu senhor egípcio” (Gen 39:2- NVI). Essa ideia foi repetida em Gênesis 39:21 e 39:23. Ele estava constantemente com o Senhor.
O apóstolo Paulo estava tão intimamente ligado com Cristo que foi capaz de dizer: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gl 2:20- NVI). Foi essa ligação que permitiu tamanha fé na hora da morte.

Resultado da confiança

Embora não devamos confiar em Deus e entregar nossa vida a ele esperando receber algo em troca (o mais importante já foi ganho, a salvação), Deus recompensou a confiança desses homens.
Nossos personagens receberam muito em troca de sua entrega irrestrita. No final de seu sofrimento, Jó pôde dizer: Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram (Jó 42:5- NVI). A tribulação provocou nele uma comunhão mais íntima. Algo aparentemente impossível aconteceu, dada a descrição inicial do livro. Jó conseguiu ficar mais íntimo de Deus dentro do problema do que ele já estava antes.
Além disso, ele recuperou tudo em dobro, inclusive os filhos, pois recebeu mais dez e os que morreram estão dormindo e aguardando a ressurreição. Naquele dia, Jó terá filhos em dobro também.
José não foi escravo a vida inteira, algum tempo depois seu pai recebeu a seguinte notícia: “José ainda está vivo! Na verdade ele é o governador de todo o Egito". O coração de Jacó quase parou! Não podia acreditar neles” (Gênesis 45:26- NVI). Deus honrou a fidelidade de José colocando-o nos altos cargos egípcios.
A recompensa de Paulo não foi dada a ele ainda, mas ele morreu na esperança de que sua coroa estava guardada. Ele disse: Todavia, como está escrito: "Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam"; (1 Coríntios 2:9 - NVI). Morreu na esperança da volta de Jesus e de receber o maior prêmio que um ser humano poderá receber, a vida eterna.
Talvez hoje você esteja passando por problemas e não tenha explicação para isso e precise falar como Jó no meio do sofrimento: Ainda que ele me mate, nele esperarei (Jó 13:15). Quem sabe está passando por momentos de fortes tentações e precise falar como José: Como eu pecaria contra Deus? (Gn. 39:9), ou talvez foi castigado pela vida e não recebeu a recompensa por todo o esforço que fez e necessite falar como Paulo: Eu sei em quem tenho crido (2 Tm 1:12). Use as frases desses grandes homens, mas, acima de tudo, apegue-se ao Deus desses grandes homens, Ele cuidará de você.





2 comentários:

Logos da Saúde disse...

Três frases que são um verdadeiro balsamo de confiança em nossos coraçaos
Muito bom o seu blog, vou ler muuuito.
Parabéns Pastor que Deus lhe em dobro.

Maryanna Amorim disse...

Que lindo, amor! Que frases!!! Verdadeira inspiração. Que Deus te use cada dia mais.
Beijos, Sua Flor.